As pastilhas de freio são um elemento essencial no sistema de freio dos veículos. Por isso, todo mecânico precisa estar atento ao que são e como identificar falhas nessas pastilhas, para garantir que seus clientes estejam com seus veículos em dia.

Aliás, alertar o cliente de quando é preciso trocar as pastilhas é um cuidado com a vida! Afinal, elas são responsáveis por desacelerar o carro e, sem elas, acidentes podem ser frequentes e até fatais.

Quer entender mais? Continue lendo!

 

O que são as pastilhas de freio?

As pastilhas de freio são um dos componentes do sistema de freio do veículo. Elas são responsáveis por gerar atrito com o disco de freio que, por sua vez, ocasiona a frenagem.

Essas pastilhas também podem apresentar ranhuras e chanfros para oferecer maior conforto durante a frenagem e redução de ruídos.

Vale destacar que as pastilhas não são encontradas nos freios a tambor (comum em caminhões, por exemplo), uma vez que esse sistema utiliza lonas para a frenagem.

 

Qual a função das pastilhas de freio?

Antes de mais nada, vamos dar uma olhada no sistema de freio e como ele desacelera o veículo:

 

  1. Motorista aciona o pedal do freio;
  2. O pedal bombeia o fluido de freio para o cilindro-mestre do sistema;
  3. A pressão hidráulica aciona as pinças que empurram as pastilhas em direção ao disco de freio;
  4. Por fim, com as pastilhas de freio gerando atrito no disco, a roda é desacelerada.

 

Assim, percebemos que a pastilha de freio é o material responsável por frear o veículo. Elas funcionam gerando atrito com o disco de freio (que está conectado à roda do carro), fazendo com que ela desacelere.

Por conta desse atrito, as pastilhas se desgastam com seu uso, igual uma borracha quando usamos no papel. Então, conforme o veículo roda as pastilhas vão perdendo desempenho e precisam ser substituídas com o tempo.

Há diversos tipos de pastilhas de freio

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Quais são os tipos de pastilhas de freio?

Pastilha orgânica

As pastilhas orgânicas são as mais baratas e comuns no mercado. Elas são compostas por uma liga de aramida, grafite e resinas sintéticas.

Assim, oferecem baixo custo, boa resistência térmica e são silenciosas. Contudo, se desgastam com mais facilidade.

 

Pastilha metálica

As pastilhas de freio metálica, como o nome indica, são compostas por liga de aço, cobre, ferro e grafite. São mais pesadas, barulhentas e caras que a orgânica, mas oferecem maior durabilidade e desempenho.

Em contrapartida, é um dos melhores custo-benefício, entregando uma alta eficiência de frenagem por um preço intermediário.

 

Pastilha semimetálica

Essa categoria de pastilhas é uma combinação entre as metálicas e orgânicas, usando uma composição que leva cobre, ferro, aço e grafite. Cada fabricante possui sua composição, no caso.

Assim, oferecem um custo mais baixo que a metálica, enquanto oferecem boa resistência e durabilidade.

 

Pastilha de cerâmica

As pastilhas de freio de cerâmicas são compostas majoritariamente por fibras cerâmicas. Assim, elas são muito mais leves, silenciosas, duráveis e oferecem uma frenagem suave e precisa.

Também são extremamente resistentes às altas temperaturas. Ou seja, uma das melhores opções, não é? Contudo, são bem caras.

 

Qual pastilha escolher?

Com todos esses tipos de pastilhas de freio, o motorista pode ficar com bastante dúvida sobre qual escolher. Assim, é importante que o mecânico saiba orientar o cliente para uma escolha correta.

Para tanto, precisamos avaliar as características da pastilha e como o veículo é utilizado. Assim, é possível identificar qual material é mais adequado.

Por exemplo, as pastilhas de freio orgânicas são ótimas para os carros de passeio leves, por serem baratas e silenciosas. Porém, se desgastam com mais facilidade, o que poderá ser um problema para alguém que use o veículo com muita frequência.

As metálicas, por sua vez, oferecem mais desempenho e durabilidade, mas com um preço também maior. Já as semimetálicas oferecem bom desempenho por um preço mais em conta, contudo são mais barulhentas e desgastam o disco de freio.

Por fim, as pastilhas de cerâmicas são ótimas para os veículos de alto desempenho, uma vez que são leves e resistentes. Contudo, apesar da alta performance, seu custo é muito alto para, por exemplo, justificar seu uso em um veículo de passeio.

Manutenção preventiva é crucial para manter o veículo em bom estado.

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Riscos de não manter uma boa manutenção das pastilhas de freio

Basicamente, o sistema de freio sem as pastilhas não funciona. Ou seja, elas são um elemento essencial para garantir a segurança ao dirigir. Sem elas, acidentes seriam frequentes e desastrosos.

Dessa maneira, manter as pastilhas de freio sempre em boas condições é uma questão de proteção à vida. Acredito que isso já é motivo o suficiente para ficar em dia com as revisões periódicas, não acha?

Mas além disso, há outros riscos de não revisar as pastilhas, como:

 

  • O veículo tende a virar para os lados ao frear;
  • Ruídos frequentes e altos;
  • Vibração ao frear;
  • Pedal muito duro ou baixo demais;
  • Maior gasto de manutenção, pois as pastilhas são baratas, enquanto ter que revisar o sistema de freio inteiro será bem caro para o cliente.

 

Esses são os riscos de não ter a manutenção preventiva, então, mostre ao seu cliente a importância de sempre levar o veículo para uma vistoria com você para que ele viaje sempre com tranquilidade e segurança.

 

Qual a frequência ideal para a troca das pastilhas?

A frequência de troca das pastilhas de freio varia muito, sendo influenciada pelo estilo de direção do motorista e tipo de material de fabricação.

Em geral, é recomendado a revisão entre 5 e 10 mil quilômetros rodados. Ao passo que a cada 30 mil a 40 mil km é indicado a troca das pastilhas. Contudo, é preciso estar sempre atento para poder indicar a troca das pastilhas quando elas estiverem desgastadas, mesmo que essa quilometragem não tenha sido atingida. Veja a seguir os problemas que podem indicar que é hora de trocar as pastilhas de freio:

 

Como identificar se há algum problema nas pastilhas?

Conseguir identificar os sinais de desgaste das pastilhas é crucial para mantê-las em boas condições e evitar acidentes. Assim, é preciso ficar atento a:

 

  • Ruídos agudos: que pode ser provocado pelo contato do metal do suporte das pastilhas com o disco de freio. Contudo, isso é apenas um sinal, pois há pastilhas que após serem instaladas também geram ruídos irritantes. Disco com superfície irregular, flutuação da pastilha e problemas no contato da pastilha pode ocasionar ruídos;
  • Perda de eficiência na frenagem: um problema que o motorista irá perceber com facilidade durante as viagens, mas é preciso ficar atento para não trocar a pastilha quando o problema pode estar no fluido, como vazamentos ou entupimento de tubulações;
  • Excesso de pó preto nas rodas: esse pó é normal, mas seu acúmulo excessivo pode indicar que as pastilhas estão bem desgastadas e precisam ser trocadas.

 

Outros problemas podem ser: pedal duro ou baixo, vibrações excessivas e direção puxando para um lado na hora da frenagem.

 

Como identificar se já é hora de trocar as pastilhas do veículo?

A frequência de troca que acabei de mencionar é uma maneira de garantir que o veículo do cliente está sempre em dia e que não virá a ter problemas. 

Assim, é importante sempre estar verificando as pastilhas, independentemente da quilometragem e do composto utilizado. Por exemplo, os mecânicos podem sempre dar aquela checada rápida nas pastilhas do carro para, se houver real necessidade, alertar o dono do veículo.

Para identificar se já é hora de trocar as pastilhas, nos modelos mais modernos, é ainda mais fácil. Por meio de sensores, os próprios carros são capazes de indicar quando é preciso fazer a troca, seja através de uma luz no painel ou mesmo com aviso sonoro.

Em veículos sem essa tecnologia, é necessário medir a espessura da pastilha de freio. Assim, se o valor mensurado for menor que 2 milímetros é necessário trocar imediatamente.

Aliás, alguns fabricantes já deixam na própria pastilha uma marcação que indica quando ela está gasta. Caso não haja essa marcação, você precisará do apoio de um paquímetro para uma boa medição.

Manutenção das pastilhas pode ser uma forma de fidelizar clientes!

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Como usar o serviço de manutenção das pastilhas de freio para aumentar os resultados da oficina?

Enfim, você sabia que a manutenção das pastilhas de freio pode te ajudar a melhorar os resultados da sua oficina?

Como comentei no tópico anterior, você e sua equipe podem sempre estar checando as pastilhas de freio dos clientes. De modo que é possível alertar o cliente quando for preciso trocá-las.

Isso faz com que sua oficina agregue mais valor, faça um atendimento mais efetivo e aumente o faturamento. Bem como se pode utilizar as trocas das pastilhas de modo a fazer o cliente estar sempre voltando para realizar a manutenção preventiva e, assim, gerar uma receita recorrente!

Ademais, encante o seu cliente ao oferecer dicas de como evitar o desgaste prematuro das pastilhas de freio, como:

 

  • Evitar frear bruscamente: um hábito comum e que leva ao desgaste prematuro da pastilha;
  • Não forçar os freios nas descidas: nas ladeiras é ideal manter o carro engrenado e usar o freio motor em vez dos freios. Aliás, comente com seu cliente que, se a direção for de injeção eletrônica, usar o ponto morto e freio nas ladeiras para economizar combustível é uma falácia, e pode acontecer o contrário em alguns modelos.
  • Excesso de carga: andar com o veículo com muito peso irá forçar mais as pastilhas de freio, uma vez que o peso adicional fará com que as pastilhas precisem se desgastar mais para desacelerar o veículo.

 

A criatividade para gerar um atendimento exclusivo e ofertas eficazes é fundamental. Por isso, pense em:

 

  • Como fazer o cliente voltar com mais frequência?
  • Quais serviços posso oferecer para agregar valor ao cliente?
  • O que posso melhorar no meu atendimento?

 

Essas três questões já irão te ajudar a aumentar o desempenho da oficina. Mas se quiser mais dicas, confira neste artigo que preparamos para você!