O sistema de lubrificação de um veículo é uma das coisas mais importantes nele, porque influencia no bom funcionamento do automóvel. No entanto, poucos donos cuidam disso e precisam de um mecânico para informar. 

É essencial que você entenda mais sobre o assunto, para saber quando um trabalho foi bem-feito ou não. Então, veja aqui tudo o que você precisa saber sobre o tema, como as causas de falha e as melhores formas de prevenção.

 

Para que serve a lubrificação do carro?

O motor é composto por muitas peças móveis e durante o uso elas podem se desgastar. Isso acontece por causa do atrito entre elas. Além disso, a alta temperatura contribui bastante para essa perda. 

 

É neste cenário que entra o sistema de lubrificação. Afinal, o papel do óleo lubrificante é proteger essas peças, assim, ele gera uma espécie de camada que diminui o atrito, mas isso não é tudo. Alguns produtos hoje no mercado apresentam mais de uma função.

Você pode encontrar lubrificantes que possuem aditivos especiais e vão atuar em outras áreas da manutenção.

Veja alguns exemplos desses benefícios a seguir:

 

  • Refrigeração do motor;
  • Limpeza do motor;
  • Economia de combustível;
  • Proteção;
  • Durabilidade.

 

A lubrificação faz com que o seu automóvel funcione melhor, então é muito importante garantir produtos de qualidade. Dessa forma, você obtém todas as vantagens apresentadas com o sistema de lubrificação.

 

Como funciona o sistema de lubrificação do veículo?

Você já sabe que ele atua na preservação de todo o esquema mecânico e agora vai entender que o funcionamento é simples. 

A única coisa que você deve prestar bastante atenção é no projeto aplicado no veículo, que pode ser de cárter úmido ou seco. 

O sistema pode ser caracterizado como um projeto hidráulico, sendo assim, ele canaliza e desloca o lubrificante por meio de um circuito fechado.

Entenda o funcionamento do sistema de lubrificação do carro

Entenda o funcionamento do sistema de lubrificação do carro – Foto por Unsplash.

Com isso, as principais partes do motor vão entrar em contato com o líquido e é possível que haja a redistribuição da fluidez e da refrigeração. Isso acontece nas regiões em que há mais atrito e calor.

O bom funcionamento do sistema de lubrificação é muito importante, porque ele permite que o veículo opere com a temperatura ideal. Ainda, o combustível e as peças são mais preservados. Agora, quando é o contrário, as consequências para o motor são desastrosas. 

Conheça mais sobre os tipos de cárter a seguir e entenda quais são suas diferenças e usos.

 

Cárter úmido

É a alternativa mais famosa entre os automóveis, e nela o óleo lubrificante fica guardado no cárter sob o motor. Em geral, o recipiente suporta até 6 litros de fluidos e é suficiente para dar ao veículo um bom fluxo de refrigeração. 

Até o óleo entrar no circuito e percorrer o motor são necessárias algumas etapas. Logo, primeiro o pescador pega o fluido no reservatório e em seguida, ele atravessa um filtro para ser canalizado para as partes internas do motor. 

O sistema de lubrificação é bem organizado e todo esse percurso acontece devido a pressurização causada pela bomba. Portanto, a lubrificação ocorre de três maneiras, sendo elas:

 

  1. Deslocamento e interação do fluido através do circuito;
  2. Respingo da substância ao entrar em contato com as peças;
  3. Névoa pressurizada que paira junto dos outros componentes.

 

Cárter seco

Ele foi desenvolvido para contornar algumas situações, por exemplo:

 

  • Dificuldade de captação do óleo por meio do pescador da bomba;
  • Drenagem da potência do motor, causado devido ao arrasto hidráulico;
  • Prejuízo do funcionamento do sistema pela produção de espuma.

 

O cárter seco permite que a lubrificação pressurizada chegue nas peças móveis. Assim, ele é composto por um cárter que fica embaixo do motor, no entanto, ele tem um tamanho menor.

Esse sistema de lubrificação só tem uma desvantagem, que é seu custo. Dessa forma, ele está mais restrito a veículos mais caros e luxuosos.

 

O que pode causar problemas na lubrificação dos motores?

Existem algumas situações que podem causar problemas nesse processo. A seguir, conheça quais são as principais.

 

Vazamentos

A perda de óleo do motor é um problema sério, porque o veículo vai rodar sem a quantidade adequada de lubrificante. Então, o principal sinal disso são as poças que se formam embaixo do automóvel.

Caso note algo do tipo, tenha cuidado e procure por mangueiras rachadas. Ainda, dê uma olhada nas buchas e nos cabeçotes.

 

Desgaste de peças

Isso indica que não existe lubrificante suficiente no veículo. Também, o desgaste das peças pode mostrar que a viscosidade do líquido está incorreta. Portanto, é necessário ficar atento ao sistema de lubrificação.

 

Variação na pressão do óleo

Aqui, você pode notar 4 variações, que são: 

 

  • Pressão alta;
  • Baixa;
  • Flutuante;
  • Nula. 

 

Em todos os casos existem problemas diferentes. Dessa forma, é preciso ter muito cuidado com isso e o ideal é realizar testes para verificar o estado do sensor de pressão do óleo.

Há diversos fatores que podem levar o sistema de lubrificação falhar.

Há diversos fatores que podem levar o sistema de lubrificação falhar – Foto por Unsplash.

Principais causas de falhas no sistema de lubrificação

A lubrificação pode trazer muitos problemas e há diferentes causas para serem analisadas. Nos próximos tópicos você vai conhecer quais são as mais famosas. 

 

Bronzinas e virabrequim em condições inadequadas

As bronzinas atuam na redução de atrito dentro do esquema mecânico. Logo, o funcionamento desta peça depende do fluxo de lubrificante nas suas paredes. Ainda, o componente que ela protege também tem papel fundamental nisso.

Essa é uma das principais causas das falhas no sistema de lubrificação. Então, usar peças de qualidade é um fator determinante para o bom funcionamento do veículo. A Intermec oferece os melhores componentes do mercado de automóveis.

Na maioria dos casos, problemas na bronzina atingem pouco mais da superfície da peça. Mas, algumas situações são mais complicadas que isso. por exemplo:

 

  • Superaquecimento: isso deixa a peça escura e com vários pontos de atrito;
  • Bronzina frouxa: parte da peça continua polida, enquanto o restante apresenta manchas escuras;
  • Peça com corrosão: ela fica com aparência escura e esponjosa.

 

Falta de troca de óleo

A principal causa disso é o descuido. Todo fluido tem um prazo de durabilidade e ele deve ser respeitado, porque o líquido vai perdendo as suas vantagens químicas. Sendo assim, o motor sofre as consequências, como a falta de refrigeração e alteração na viscosidade. 

Além disso, todo o sistema de lubrificação fica comprometido. A falha no interruptor de óleo também precisa ser ressaltada. Agora, não ache que a baixa pressão do líquido seja sempre a causadora disso. 

Dessa forma, ter um bom interruptor é fundamental para que o diagnóstico seja feito corretamente. Mais uma vez a Intermec se destaca nesse quesito, então vale muito a pena garantir produtos com qualidade testada.

 

Mistura de óleos

Essa é uma prática comum e prejudicial. Não é sempre que você vai necessitar de uma reposição total, no entanto, misturar soluções lubrificantes nunca é o ideal. 

Lembre-se que todos os componentes devem estar operando uniformemente. Então, quando você faz uma mistura, isso já não é mais possível. Dessa forma, o sistema de lubrificação sofre as consequências.

 

Contaminação por água e por combustível adulterado

A água não pode entrar em contato com o óleo, já que ele perderá suas qualidades lubrificantes. Também, o combustível adulterado altera todo o conjunto mecânico do veículo. Portanto, tenha bastante atenção nesses pontos, a fim de evitá-los.

Fazer um bom diagnóstico pode evitar diversas dores de cabeça e um atendimento agilizado.

Fazer um bom diagnóstico pode evitar diversas dores de cabeça e um atendimento agilizado – Foto por Unsplash.

Como diagnosticar possíveis falhas no sistema de lubrificação?

A parte de diagnóstico é a que entra na principal função do mecânico. É necessário ter um bom conhecimento para desempenhar a parte prática com qualidade. Por isso, uma dica muito importante é nunca ignorar os estudos. 

Sempre busque se atualizar e relembrar conceitos. Assim, você consegue melhorar ainda mais sua capacidade profissional. Então, para te ajudar nesse processo, veja algumas dicas.

Entenda como o sistema de lubrificação pode ser complexo e as maneiras de encontrar as possíveis falhas. Por fim, basta aplicar esses conceitos na prática.

 

Realizando alguns testes antes da substituição da bomba

Para entregar um serviço de qualidade, você precisa optar por um diagnóstico completo. Não existe outra maneira que te garanta uma eficiência, só assim é possível eliminar hipóteses falsas sobre o que poderia ser o problema. 

Invista seu tempo analisando as peças do veículo. Além disso, faça uma revisão completa, porque isso vai te ajudar a descartar causas que não fazem sentido. Lembre-se que os problemas podem vir de várias fontes. 

A avaliação minuciosa é mais do que necessária. No caso da troca da bomba, a lógica é a mesma. Agora, existe uma ação que você jamais pode deixar de lado, que é o teste da capacidade de pressurização do objeto. Isso claro, antes de efetuar a troca. 

O bom funcionamento do sistema de lubrificação depende disso. A substituição da peça requer que você efetue um checkup completo. 

Veja alguns pontos que não podem ser negligenciados durante a avaliação:

 

  • Avalie se a bomba está girando livremente;
  • Carregue a bomba com o mesmo fluido que será utilizado no motor. Isso ajuda na hora da formação do selo hidráulico;
  • Analise a pressão gerada pela bomba com o motor funcionando, a princípio com ele frio. Para tal, opte pela instalação de um manômetro no sistema.

 

Estudando o sistema de lubrificação

Sempre comece analisando as anormalidades mais fáceis de serem vistas. Bons exemplos são os vazamentos e consumo excessivo dos fluidos do veículo. Depois, inicie uma análise mais detalhada. 

Procure enxergar borras, defeitos nos filtros e falhas relacionadas à pressão. Dessa forma, é possível encontrar as causas do problema com bem mais facilidade. O sistema de lubrificação deve ser estudado por completo.

Por fim, existe uma outra coisa que pode ajudar bastante no seu trabalho, que é o uso de scanners, que traz muita praticidade. Assim, você consegue integrar a parte elétrica e mecânica. Portanto, leve em consideração adquirir esse apoio tecnológico.

 

Cuidados para substituição da bomba de óleo

Existem alguns cuidados que você deve ter sempre durante esse processo. Então, veja quais são a seguir:

 

  • Jamais misture óleos de composições distintas, como mineral, semi ou sintético. Opte pela substituição ou reposição parcial com o mesmo fluido existente;
  • Recomende ao cliente para que ele não ultrapasse o limite de troca por mais de mil quilômetros;
  • Não use panos para limpar a vareta de verificação, porque tecidos podem contaminar o óleo com uma série de corpos estranhos;
  • Não aplique aditivos complementares ao óleo. Use sempre bons produtos completos. Assim, eles devem ter todos os elementos necessários para lubrificação;
  • Indique a substituição do filtro junto a reposição do óleo. Dessa forma, você mostra para o cliente a importância de um sistema limpo para a durabilidade do veículo;
  • Dê atenção à aplicação do fluido para evitar que o óleo derrame sobre o motor. Lembre-se que isso pode prejudicar as velas e suas outras peças.
Prevenir é melhor do que remediar. O mesmo vale para os carros.

Como diz o ditado: prevenir é melhor do que remediar. O mesmo vale para os carros – Foto por Unsplash.

Prevenção de falhas no sistema de lubrificação

A manutenção preventiva é a maneira mais eficaz de evitar problemas no sistema de lubrificação. Muitos donos acham esse processo custoso, no entanto, os danos causados pela lubrificação inadequada são bem mais caros de reparar.

Cabe ao profissional deixar isso claro para o cliente. Assim, ressalte sempre que a troca de óleo deve ser feita no período correto. Além disso, essa indicação está explícita no manual do veículo. A regra geral é trocar quando o motor tiver 10 mil km rodados ou a cada 1 ano.

Agora, imagine um automóvel que roda em condições mais severas de uso. Então, nesse caso, o tempo acima é reduzido pela metade. 

Não esqueça que todo produto químico tem um tempo de validade. Dessa forma, passado o período, as propriedades dele não serão as mesmas e o sistema de lubrificação do veículo pode ficar comprometido. 

Ainda, um ponto muito importante deve ser lembrado, que é o de selecionar o tipo certo de lubrificante para o automóvel. Isso é fundamental para prevenir falhas. Portanto, torna-se essencial pesquisar sobre as propriedades do material. Assim, você garante um trabalho bem-feito.

 

Aplique seus conhecimentos

Você agora já sabe que as falhas na lubrificação geralmente estão ligadas à manutenção. É comum encontrar proprietários que não respeitam os períodos estabelecidos. Dessa forma, é sua função ressaltar a importância disso.

Lubrificação de motores é uma das coisas mais essenciais em um veículo. Sendo assim, ela deve ser tratada como tal. Logo, deixe seus clientes por dentro de tudo isso e recomende o uso de bons produtos. 

Apesar de ser mais caro, as consequências de usar um produto ruim são bem mais custosas. Por fim, você agora é capaz de responder qualquer dúvida sobre o assunto, então, boa sorte no seu trabalho e aplique o novo conhecimento.