Conhecer o sistema de transmissão de um carro é fundamental para prolongar sua vida útil. Assim, ele é formado por um conjunto de dispositivos que funcionam em sincronia. A fim de que o veículo se desloque com mais agilidade e suavidade.
É importante saber um pouco sobre o assunto, principalmente, como funciona e quais os tipos que existem no mercado. Além disso, confira as peças que compõem esse sistema. Enfim, continue a leitura e fique por dentro de tudo sobre o tema.
O que é o sistema de transmissão?
O sistema de transmissão do veículo tem o propósito de transmitir energia mecânica. Esta por sua vez, gera-se a partir do motor até as rodas do carro.
Outra funcionalidade é que ele usa as marchas para regularizar a intensidade transmitida para as rodas. Aliás, esse tipo de energia chama-se torque.
Há diversos modelos de transmissão mecânica. Dessa forma, eles variam segundo a necessidade do motorista e possuem 5 tipos:
- Manual;
- Automático;
- CVT;
- Automatizado;
- Dupla embreagem.
Enfim, mais adiante você conhecerá todos eles. Aliás, no Brasil, os mais populares são o manual e o automático.

Entenda os componentes da transmissão do seu carro. Foto por Freepik.
Os componentes do sistema de transmissão do veículo
Ele possui quatro dispositivos, cada um desenvolvido para desempenhar suas funções com o máximo de eficiência. Então, confira a seguir quais são eles.
1 – Embreagem
Não é exagero falar que essa é a principal peça de todo o sistema. Afinal, conecta-se o motor às rodas do carro. Além disso, só é possível trocar de marcha por causa dela.
Ela pode ser definida como uma dupla de discos, em que um coloca pressão sobre o outro. Assim, o primeiro está ligado ao motor, já o segundo, faz parte das peças que transmitem a energia mecânica dele para as rodas.
Quando se pressiona o pedal, a energia para de fluir. Com certeza, isso é essencial para que a troca de marcha aconteça. Nos veículos de transmissão automática, tudo acontece de modo espontâneo pelo conversor de torque.
2 – Sistema de transmissão: caixa de câmbio
Sua função é comportar as engrenagens, também conhecidas como polias. Elas são essenciais para o funcionamento da troca de marcha.
Na troca manual, uma alavanca de câmbio faz parte do sistema, atuando para que as engrenagens se movam. Ou seja, para que o motorista consiga mudar de marcha.
3 – Diferencial
Também é um dispositivo de grande importância para o bom funcionamento da transmissão mecânica. Dessa maneira, o diferencial pode ser descrito como um conjunto de engrenagens. Logo, sua função é dividir a potência gerada pelo motor até as rodas.
Ele administra a energia mecânica, por isso, o carro consegue se mover em diferentes velocidades. E isso depende da quantidade de energia recebida. Então, ele é fundamental para manter o veículo sob controle, principalmente durante as curvas.
4 – Semieixo também faz parte de um sistema de transmissão
Esse dispositivo é muito parecido com uma barra de metal. As suas pontas são articuladas por juntas homocinéticas, sem elas não haveria tração no carro.
Sua função é ligar o diferencial às rodas, transferindo energia vinda do motor. Porém, deve-se ressaltar algo sobre. Por exemplo, em veículos com tração nas quatro rodas o sistema é outro. Isso vale para os automóveis que possuem motor na parte de trás.
Nesses casos específicos, o eixo chama-se Cardan. Dessa maneira, a conexão é feita entre o câmbio e o diferencial.

Apesar de ter uma construção complexa, a transmissão tem um funcionamento simples. Foto por Freepik.
Como um sistema de transmissão funciona?
Os dispositivos que compõem o sistema são mais complexos do que o funcionamento em si. Já que, na verdade, ele é bem simples, entenda a seguir:
- Quando a partida é dada, o pedal da embreagem é pressionado;
- Com isso, o fluxo de energia do motor para o diferencial é interrompido;
- A marcha define a potência que as rodas vão receber;
- Já o diferencial fica responsável por distribuí-la por meio do semieixo;
- As rodas, por fim, recebem a energia para colocar o carro em movimento.
Vale destacar que para que isso aconteça de forma segura e correta, o sistema precisa estar em boas condições. Portanto, necessita-se que o automóvel faça manutenções regulares, de acordo com as orientações do fabricante.
Tipos de sistemas de transmissão
A seguir, você vai conhecer os cinco modelos mais atuais, aliás, dos mais populares aos mais avançados. Enfim, veja tudo a seguir.
1 – Sistema de transmissão manual
É o tipo mais usado pelos carros do Brasil, porque seu projeto é mais simples. Dessa maneira, acaba sendo mais rápido e barato quando necessita de algum reparo. Principalmente, em trocas de peças.
O câmbio e a embreagem são os componentes desse modelo manual. Logo, é o motorista que diminui a potência ou a aumenta, quando o torque se torna necessário.

O sistema de transmissão automático vem se tornando cada vez mais popular. Foto por Freepik.
2 – Automático
Como é o próprio sistema que muda a marcha, não existe embreagem, mas sim um conversor de torque.
Para o desempenho do carro, torna-se uma grande vantagem. No entanto, em alguns veículos o consumo de combustível torna-se maior do que nos manuais.
Outro ponto positivo é o câmbio, que conta com comandos próprios para modificar a marcha. Assim, confira quais são eles a seguir:
- R: é a marcha ré;
- P: bloqueia as rodas responsáveis pela tração;
- N: coloca o carro em ponto morto;
- D: move o automóvel para frente.
3 – Sistema de transmissão automatizada
Esse modelo não precisa usar o pedal da embreagem, devido ao seu sistema eletrônico. Quando o motorista aciona uma marcha, a embreagem automaticamente faz a troca.
Um ponto negativo desse tipo é o tempo de resposta que acaba sendo maior. Essa desvantagem fica mais comum nos carros populares do que nos esportivos.
Nos últimos anos, diversas marcas têm criado suas próprias versões desse modelo. Por exemplo:
- O da Fiat tem o nome de GSR;
- Já a Volkswagen batizou o seu de I-Motion;
- A Chevrolet era o Easytronic.
4 – Sistema de transmissão CVT
É mais usado em automóveis de fabricantes japonesas. Dessa forma, esse tipo utiliza polias com diâmetro variável.
A principal vantagem desse sistema é que a troca de marcha é bem suave, sem trancos, ao contrário do anterior. Além disso, o consumo de combustível torna-se mais econômico, por causa da velocidade constante da transmissão.
5 – Dupla embreagem
É o sistema mais tecnológico e de maior custo. A troca de marcha acontece quase imediatamente, porque ele possui duas embreagens. Logo, esse modelo é mais comum em carros de alto desempenho.
A boa notícia é que no Brasil esse tipo também está disponível em veículos mais discretos.

A manutenção preventiva é fundamental para manter o veículo em perfeitas condições. Foto por Freepik.
A importância da manutenção no sistema de transmissão
O que nunca se pode deixar de lado é a manutenção preventiva do carro. Pois, com ela é possível detectar problemas antes que aconteçam ou já na fase inicial. Assim, evita-se a troca de peças e gastos elevados.
Agora você conhece mais sobre o funcionamento do sistema de transmissão, bem como, seus tipos, o funcionamento e os componentes. Logo, poderá entender o mecânico sem ficar perdido!